Durante sua jornada de automação, já lhe ocorreu a seguinte conclusão sobre um processo:

Essa atividade é tão simples e rápido que nem vale a pena automatizar.

Cuidado, você pode estar enganado.

Para avaliar se um processo é um bom candidato precisamos entender a diferença entre Tempo de processamento e Tempo de Execução.

Imagine que você exista uma tarefa diária que tem precisa ser feita 3 vezes ao dia e consiste na coleta das informações no site do Banco Central da cotação do dólar, euro e UFIR e a posterior inclusão desses dados no ERP.

Ao longo do dia você pararia 3 vezes por alguns segundos, rápido não é? Para que automatizar essa tarefa, não leva mais que 30 segundos. Mas é visão é limitada ao tempo de execução.

Mas e o tempo de processamento? Aqui temos um novo conceito, pois o tempo de processamento é a relação entre qual é o intervalo entre as execuções. Veja se temos um horário de trabalho de 8 horas ou 480 minutos e fazemos essa atividade 3 vezes ao dia, então temos um tempo de processamento de 160 minutos (480 ➗ 3).

Isso quer dizer que a cada 160 minutos essa execução é feita. Portanto o negócio deve esperar essa atualização dentro desse prazo. Essa é a performance do ponto de vista do usuário, pois comumente as pessoas possuem outras atividades além das rotinas e portanto não conseguem executar suas as demandas tudo de uma vez.

Mas certo dia você ficou preso em uma reunião e não realizou o último procedimento do dia, certamente o que te atrapalhou não foi o tempo de execução, mas o espaçamento do processamento. Qual o risco dessa não execução? Isso tem um impacto relevante? Imagine que o negócio demandasse aumentar esse ciclo para 5 vezes ao dia, qual seria o impacto no seu dia a dia?

Entender os ciclos de processamento e execução são duas dimensões relevantes para análise de um processo candidato a automação. Muitas vezes essas rotinas espaçadas trazem risco e dificuldades justamente pela periodicidade requerido do tempo de processamento, pois sua execução é simples.

Bora automatizar!